terça-feira, 12 de outubro de 2010

As análises políticas de Marco Almeida II

Há cerca de um ano, fizemos aqui um comentário à interpretação que o Vereador Marco Almeida, fazia dos resultados obtidos pela Coligação Mais Sintra, nas eleições autárquicas de 2009.

Passado um ano -deve ser para assinalar a data-, o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sintra, como o próprio gosta que o tratem, volta a escrever no seu blogue, um texto sobre aquela campanha eleitoral e sobre o modus operandi da mesma.

Nesse texto, o então director de campanha de Fernando Seara, Marco Almeida, não sabemos se para valorizar o trabalho que teve, vai chamando a atenção para as dificuldades que é fazer uma campanha em Sintra, um território vasto e com muita população.

Fala do “exército de invisíveis” que se "dedica totalmente a este ou àquele candidato e empenha-se por ele."

Nas entrelinhas, Marco Almeida parece querer recordar a alguém que “tínhamos um candidato a Presidente, que até era conhecido, mas quem tratou das tropas fui eu!”

Mas o mais interessante, da prosa de Marco Almeida, ainda está por contar.

Afirma o autarca, que o “exército de invisíveis” espera que o seu “candidato esteja atento aos problemas da sua localidade, que apoie as instituições da sua freguesia e que valorize o trabalho desenvolvido pelas comunidades em que vive.”

E termina de forma enigmática “Não esperam muito, apenas que saibam estar presentes”.

O texto é ilustrado, com uma foto de Fernando Seara, com o slogan “DEDICAÇÃO TOTAL”.

Não deixa de ser interessante, realçar o tempo e o modo, escolhidos por Marco Almeida, para abordar o tema da necessidade dos autarcas estarem presentes junto das populações que os elegeram.

No mesmo dia em que Fernando Seara, afirma publicamente a disponibilidade para ser candidato à Federação Portuguesa de Futebol, sob algumas condições, nomeadamente a revisão dos estatutos da federação, para que possa desempenhar o cargo, sem ser em regime de exclusividade, o Vice-Presidente com aspirações a candidato a Presidente, vem demonstrar de forma sub-reptícia, o seu desagrado com a situação, não receando sequer insinuar, que as populações precisam é de autarcas que possam estar presentes e não daqueles que vêm a Sintra nos intervalos dos seus outros afazeres.

Já aqui tínhamos afirmado, que o “prazo de validade” de Fernando Seara, tinha entrado em contagem decrescente, no dia das últimas eleições autárquicas, por isso não é de estranhar, que cada vez mais “o seu exército de apoiantes”, se comece a movimentar para encontrar um novo General, fazendo para isso uso das manobras militares, que entender necessárias.

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